
fotos e textos William Baglione
Mônica Rodrigues Fernandes mudou-se para Pernambuco aos 6 meses de idade. Crescendo em Recife, ela estabelece raízes profundas, potencializadas pela influência marcante de seus pais.
Ao lado de seu pai, o Sr. Unaldo, Mônica percorria canteiros de obra, absorvendo de maneira lúdica a arte de construir e desconstruir seu próprio mundo. Com sua mãe, Dona Alda Maria, despertava para o orgulho de um país vasto e diverso, enraizado na cultura e na musicalidade de seus ancestrais tanto na capital quanto no sertão. Agora, como adulta e residente em São Paulo, irradia energia e vitalidade, destacando-se em meio à dureza do concreto paulista.
Mônica personifica o Brasil profundo, criativo, intuitivo e multicultural, refletindo sua jornada única e as influências que moldaram sua visão singular do país ao longo do tempo.
Certa vez, influenciada pelos seus mestres, artistas brasileiros, ela sonhou esculpir um cubo de madeira a golpes de machado. O resultado é uma obra de design para se sentar e refletir sobre si e sobre o mundo, como acontece em suas fotografias, que trazem luz e sombra para ideias que questionam a sexualidade de uma forma poética, como o prego que esfola a madeira. Neste ato reside apenas a memória ou, porque não, a passagem do homem na terra.
A artista de alma musical, fotógrafa, cenógrafa, diretora de arte e designer, mestre em arquitetar interiores e exteriores enxerga vitalidade naquilo que é descartado pela sociedade. Este estilo com DNA sensível e cosmopolita mergulha fundo na história para reviver pilastras, chão, mobiliário, teto, janelas e banheiros. Mônica, esta mulher de alma jovem, entende que é possível coexistir arte e sociedade nos ambientes mais diversos.
trabalhos autorais
























